domingo, 7 de novembro de 2010

Deu branco

Vendo as reportagens sobre o Enem, mostrando o desespero dos alunos que foram prejudicados por alguns erros e falhas nos sistema, fiquei pensando como deve ser ruim você se preparar tanto pra ser testado por um dia e alguma coisa da errada. Deve ser a mesma sensação de brochar na primeira vez, você esperou tanto, foi tão bem nos simulados e quando chega o momento de utilizar seus “conhecimentos” acontece o inesperado.

A coisa mais difícil nesses tipos de teste, tanto no Enem quanto no vestibular é controlar o piscológico, tudo é controlado por ele, você estuda muito, dorme em cima dos livros, come em cima dos livros, toma banho em cima dos livros e infelizmente nos livros não ensina como domar o nervosismo. Ensinara-te a raiz quadrada, a importância de química, línguas, biologia, mais não te mostra uma formula de como ficar tranqüilo e esquecer que está sendo provado e que se tirar uma nota ruim acabou de “perder” um ano inteiro.

Se pararmos pra pensar é injusto, o cérebro pode reter tanta informação e no fim uma ausência de cor vai apagar todas elas, o branco vai fazer com que tudo vá por água a baixo. Ter um branco é uma ironia, porque o branco é a cor da paz, a cor da calmaria, a cor da ausência de problemas, só que quando você tem um é o inicio dos seus problemas. Num segundo sua cabeça é uma enciclopédia e no outro ela está como uma tela branca. Não existe uma explicação plausível para o branco, todos que falam que teve um branco vão gaguejar, vai gesticular, vai buscar uma forma de expressar o branco, só que infelizmente o branco é inexplicável. Você teria como provar que o que aconteceu foi um deslize, que tinha todas as respostas, que sabia como fazia aquelas questões, mas que na hora de um branco. Podem até acreditar em você e darem uma nova chance, o problema é talvez você novamente tenha um branco.

O branco é inevitável, se você nunca teve um se prepare que um dia você terá, reze pra que não seja em algum momento importante, o que não vai adiantar muito pois a função do branco é escurecer as suas chances. Ter um branco é ficar sem palavras, é esquecer como se escreve até seu nome, é saber que você sabe o que está sendo perguntado, mais não saber onde foi parar a resposta que a pouco se encontrava ali tão clara e agora da vez a um clarão.

O dia que inventarem o remédio para combater o branco os problemas com avaliações estarão com os dias contados, enquanto isso a maior forma de combater o branco é na base do chute, alias acredito que o chute é o inimigo numero um do branco, o que o branco tem de mal, o chute tem de bom, podem falar o que quiser que quem chuta, podem falar que quem faz isso, não sabe o que esta fazendo, que chutar é uma irresponsabilidade, que quem passa a base do chute vai viver de tropeços... Podem falar o que quiser só que ainda sou do time que acredita, que “mais vale um chute perdido do que um branco encardido”.

2 comentários:

  1. Sabe o que é pior que o branco?
    é ficar 5h sentada numa cadeira desconfortável... e ter que ouvir vários desaforos dos fiscais!

    mas existe coisa BEM pior que o tal do branco! :S

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  2. Nunca fiz Enem, e nem pretendo fazer, mas é impossivel não se preocupar com as falhas e irregularidades que ocorrem todos os anos. Absolutamente tudo que ocorre no dia da prova influencia no psicológico da pessoa e possivelmente no "branco".
    Desde o trânsito aos fiscais de prova, que parecem, justamente naquele dia, acordar com a cueca/calcinha virada.
    Enfim, ainda bem que não faço o Enem.
    [...] “mais vale um chute perdido do que um branco encardido”. - Com certeza! rsrs... :D

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