segunda-feira, 16 de abril de 2012

Queria ser um cachorro

Se fosse pra eu ser um animal, eu queria ser um cachorro. Essa é a resposta que eu gostaria de dar numa entrevista de emprego. Sabe quando perguntam, ‘qual animal você gostaria de ser?’, então eu sempre quis responder isso. Mas não o fazia. Por que ninguém quer alguém “cachorro” na empresa. As empresas preferem a girafa, que consegue ver lá longe, ou o gavião que consegue alcançar as metas, ou o leão por que é um caçador, mas o cachorro não, ninguém quer um funcionário cão. Preferem-no como amigo, do que como funcionário. Não é nada pessoal, é profissional mesmo. O cachorro é o bicho que na floresta os outros animais devem falar: “sabe eu até a gosto do cachorro, mas como pessoa!”.
Mas mesmo assim eu queria ser um, tenho inveja da liberdade deles, da facilidade que tem em lidar com grandes problemas, não que o cachorro tenha grandes problemas, mas eu tenho certeza que se tivessem teriam facilidade em resolve-los. Nada que algumas horas de sono não resolvam.
Só tenho duvida se ia querer ser um cachorro de rua, ou um mimado. Por que o mimado tem tudo, casa, comida e roupa lavada, literalmente roupa lavada, por que hoje em dia tem uns que usam roupa. Já o de rua, ou o cachorro de pobre, tem que se virar, as vezes não tem ração tem que comer polenta, não que eu não goste de polenta, mas prefiro com frango com molho. Em contrapartida o cachorro de “rua” tem a liberdade de ir e vir, que o mimado não tem. Ele é um boêmio. Dorme de dia e curte a noite. Ou dorme de dia e a noite também.
Alias a melhor parte de ser um cachorro é a poder dormir sem ninguém se incomodar. A prova disse é que ele dorme o dia inteiro, e quando alguém o vê o manda ir deitar. E ele vai como se dissesse: “é você quem ta mandando!”.

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