terça-feira, 5 de março de 2013

Super Mercado


Fazer compras no super mercado não é mais uma função especifica das mulheres. Essa “guerra” tomou proporções maiores. Não existe mais preconceito, os corredores foram tomados pela diversidade. Os homens tiraram carteira para pilotar carrinho de compras.
As coisas mudaram muito, fazer as compras do mês já não é mais como antes. Antigamente com pouco dinheiro comprava-se muita coisa, hoje com muito dinheiro compra-se pouca.

O mercado é uma armadilha. Você tem que entrar sabendo o que quer comprar, focado no seu objetivo – pão, leite, ovos, carne, farinha, tomate – para não se desviar no caminho. É como na história da Divina Comédia de Dante, se ele não soubesse o que ele estava indo buscar, teria sido seduzido no inferno. Se você não souber o que quer no mercado será seduzido pelas gondolas. Se você não entrar sabendo o que quer, acabara comprando o que não precisa e acaba deixando de comprar o que realmente foi ali para comprar.

É fácil saber quem são os experientes, eles carregam caneta e papel em mão, estão com o melhor carrinho, as compras pesadas estão no fundo do carrinho, as frutas por cima, eles se comunicam com os alimentam, chacoalham uma lata aqui, ouvem um melão lá, dão tapas em carnes, interrogam ovos. Sabem que no mercado não se brinca. Há histórias de pessoas que foram fazer compras pela primeira vez e até hoje estão perdidos nos corredores, se for no de biscoitos ou bebidas tudo bem, o problema é se ficar preso no corredor de limpeza, pode ser que você não dure muito.

O que você basicamente tem que entender é que: o mercado foi projetado para que você não saiba que horas são, não tem janelas, nem saídas, a saída é por onde você entrou, você é obrigado a passar por lá, você está num labirinto com paredes patrocinadas. Tem relógios, sim, R$ 29,90 o mais barato, e nenhum tem a hora certa, que é pra você não saber a quanto tempo está ali. Os celulares não tem sinal. É você e você. Nada de pedir ajuda, principalmente para o google pra tirar qualquer duvida. Quer ajuda? Eles fornecem a ajuda e ela vem de patins. Patins, espinhas e aparelho. Os caixas rápidos não são rápidos e esse não é o problema, porque quando chegar lá já terá perdido a noção de tempo, o problema é que as melhores coisas, a que mais te da vontade de comprar está perto do caixa, então quanto mais a fila demora mais coisas que você não foi até ali para comprar, você vai colocar no carrinho.

Minha dica é, faça uma lista, revise essa lista, avise alguém que você está indo no mercado, para o caso de você não voltar em 24 horas que chamem a policia mas que só negociem se você puder sair com as compras. E principalmente vá com o dinheiro contado. Se tiver um pouco a mais, acabara gastando.

2 comentários:

  1. Muito criativo interessante e engraçado tudo isso em só texto.Você escrevi muito bem.PARABÉNS.

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  2. Antigamente com pouco dinheiro comprava-se muita coisa, hoje com muito dinheiro compra-se pouca (poxa, o que dirá de 2021... senhor!). Ai q raiva ir ao mercado na pandemia... 1,5m de distanciamento querido! Mas daí tem a mãezinha com duas crianças que mexem em tudo a menos de 30cm d ti... o olhar de fuzilamento não é o bastante... as jogadas de mercadorias -com vontade- sobre o balcão tbm não... (perdão às caixas)... o último recurso é acionado: leves tossidinhas com olhar fixo... só pra deixar o pensamento: e se essa louca estiver com o vírus? Sim, eu posso estar e estou tossindo... afaste-se...please... mas acho que algumas talvez, no fundo, estão pedindo socorro: livrai-me! Não aguento mais. Compreendo. (ai q horror) É...

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