quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Femen (nismo)


Que as mulheres estão cada vez mais no comando, não é nenhuma novidade. Alias é justo. Elas lutaram por isso, galgaram o espaço delas, queimaram sutiãs para isso. Porém algumas feministas estão confundido as coisas, estão fazendo isso da maneira errada. Devem pensar: “se as nossas musas, queimaram os sutiãs e conseguiram tudo isso, que tal se nós pulássemos a parte de queimar os sutiãs e já sair direto com os seios de fora?!”.
Não sou contra protestos, pelo contrario, acho que tem que protestar mesmo, brigar pelo que é de direito, bater de frente, questionar, qualquer tipo de conflito que seja de direito tem que ser exercido. Não ficar só atrás do computador compartilhando imagens, em frente a TV reclamando com a boca cheia de comida, tem que participar ativamente. Mas tem que fazer a coisa direito. Sair por ai mostrando os seios não adianta nada, se adiantasse nas tribos indígenas não seria um homem o pajé, mas sim uma mulher.


No restaurante, os dois acabam de jantar, depois de saírem juntos pela primeira vez. Ele faz sinal para o garçom trazer a conta, olha para ela, sorri. O garçom chega com a conta. Entrega a caderneta possivelmente com a conta dentro para ele. Que leva a mão ao bolso pra sacar a carteira. Ela segura o braço dele e puxa a caderneta.
- Deixa que eu pago.
- Oi?
- Deixa que eu pago. – abre a bolsa para procurar a carteira.
- Não. Que isso. – puxa a conta para ele.
Tenta sem sucesso tirar a carteira do bolso.
- Deixa eu pagar. – ela pega de novo.
- Não. eu faço questão. – ele pega.
- Mas eu quero pagar. – Está com ela novamente.
- Na próxima você paga. – De volta com ele.
- Se você não deixar eu pagar agora, não vai haver próxima.
Ele sorri, ela fica séria, o garçom fica sem entender. A caderneta fica no meio com os dois segurando como se fosse um cabo de força.
- Mas é a primeira vez que estamos saindo juntos. Não posso deixar.
Ela fica séria.
- Que tal se vocês dividissem? – sugere o garçom.
- Boa.
- Não se intromete. Me da essa conta.
Ele não solta.
- Você não vai me deixar pagar?
- Não. Não foi assim que eu fui criado. Fui ensinado que um homem sempre tem que pagar a conta no primeiro encontro. – fala a puxa
Todos os clientes presentes param de comer e começam a prestar atenção na discussão.
- Isso mesmo meu filho.
- Você foi criado como um machista, isso sim. Você quer ser o macho alfa. Quer ser superior, mas saiba que não é. O homem não é superior. Nós estamos provando isso, conquistando todos os espaços de vocês, provando que somos capazes de fazer qualquer coisa que você fazem, somos até melhores.

- Isso mesmo!
A mulher da mesa a direita deles levanta e comemora.
- você vai pagar a conta? – pergunta o homem que está junto.
Ela senta.

O gerente vem para saber o que está acontecendo.
- Posso ajudar?
- Mais um homem achando que pode resolver tudo.
- Ela quer pagar a conta. Ele quer pagar a conta.
- Por que não dividem?
- Hum, gênio! Se fosse pra eu pagar a minha eu tinha ido jantar sozinha.
- Não, mas agora quem não quer dividir sou eu.
O escândalo aumenta, os dois continuam no cabo de guerra, já derrubaram os copos que estavam em cima da mesa, os clientes começam a ficar incomodados, os que estava na fila de espera começam a se retirar.
- Então deixa que eu pago. Você não vai me comprar pagando a conta.
- Mas eu nem quero te comprar mesmo. E se tivesse comprado ia querer trocar.
- Sabia que você era assim. Acha que a mulher é um objeto, que pode trocar a qualquer hora. Típico do machista de hoje em dia.
O gerente intercede.
- Faz o seguinte. Fica por conta da casa. Vocês podem ir.
- Não, já falei que não quero um homem pagando nada para mim.
- Vai morrer sozinha!
- A dona do estabelecimento é uma mulher. – fala o gerente torcendo para que ele parem.
- Tem certeza?
- Sim, juro!
- Então eu faço questão de pagar.
- É uma mulher e um homem. – improvisa. – são sócios.
Os dois se olham. Soltam a caderneta em cima da mesa. Saem. Sem se falar. Na porta se separam, vai cada um para um lado.

O casal da mesa ao lado se olha. Pede a conta. O garçom prontamente tras. O cara segura, olha, ergue um pouco a bunda pra tirar a carteira do bolso de trás, a mulher segura o braço dele.
- Deixa que eu pago.
- Não, deixa que eu pago.
- O gerente não vai mais liberar a conta de ninguém e vocês dois não é primeira que saem juntos, já atendi vocês umas três vezes.

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